sábado, 12 de junho de 2010

por outras bandas

é hora de dar tchau.

um ano depois, mais maduros, doentes e EVOLUÍDOS (?), chegou a hora de MUDAR (o que é imutável hahaha NOT - péssima frase aliás, abraços). nos ESTAFAMOS do fundo preto, da palavra """""subversão""""" (abraços, haubrich) e do blogspot nada funcional.

DE TAL FORMA, nos mudamos para o wordpress, levando toda nossa GINGA para lá. o amarelo tráfico, mais organizado, definido, bonito, gostoso e SENSUAL, agora (não exatamente AGORA, já que nosso servidor só ATRAVANCA nosso caminho) trará reportagens DE VERDADE, entrevistas, fotografia, opinião, cultura, enfim, toda a EFERVESCÊNCIA do SUBMUNDO chinelão, esse safado. e o melhor: COLABORADORES.

queria ter escrito algo mais bonito, tocante e EMOTIVO, mas que se dane. foi legal, mas deixo o saudosismo para o futuro. e eu sempre choro em despedidas =~~~~ (mentira)

enfim, se liga lá:

WWW.AMARELOTRAFICO.COM

abraços,
thom, o pinguim.

terça-feira, 8 de junho de 2010

o jornalismo é um mito

putaquepariu, sempre tem um jornalista chato pra ficar se levando a sério:

"(1) é impossível discutir a existência de um jornalismo que seja caracterizado como ALTERNATIVO enquanto questão da LINGUAGEM não for colocada em jogo.

se a matéria prima do jornalismo é o MUNDO e sua substância é o TEXTO, é no aspecto da FORMA que está o pulo do gato.

o jornalismo, antes de mais nada, é linguagem. uma mudança na linguagem jornalística não diz respeito apenas maneira como ele é escrito. o novo jornalismo fez isso há CINQUENTA ANOS e tudo que conseguiu foi que qualquer reportagem que não trate de """""assuntos sérios e relevantes"""""" seja escrita em forma de conto. a renovação formal do novo jornalismo deixou brecha para ser instrumentalizada pela grande mídia. este não é o caminho.

a linguagem engloba não apenas a maneira como o texto é escrito, mas também a forma que o jornalismo é encarado. a linguagem jornalística deve ser elaborada desde o princípio, da reflexão pessoal que continuará na hora da entrevista ou da apuração dos dados e finalmente no texto em si. é todo o processo que determina a linguagem como produto final, não apenas uma maquiagem """"""subversiva"""" do texto.

escrever sobre subversão com a linguagem da zero hora já condena o texto ao ostracismo na primeira frase. naturaliza a subversão transformando-a em produto de rebeldia juvenil, um fetiche da hegemonia.


(2) a internet não é só uma maneira de fazer acessível os textos que escrevemos, mas sim o verdadeiro estopim para a revolução do jornalismo alternativo.

a internet PULVERIZOU o grande público, MINOU a ideia de concessão formal e ESCANTEOU o aspecto econômico da comunicação.

não existe mais o fantasma do grande público a assombrar o jornalismo. não é mais necessário um primeiro olhar do jornalista a respeito de quem lê o que ele escreve e a quem interessam suas palavras. o texto na internet é um objeto de constante visualização e em eterno movimento. se o espaço em que está publicado é conhecido, será lido por quem o quer ler. o escritor não mais escreve pelo público, mas o público que lê pelo escritor.

no momento em que não mais existe um grande público a ser alcançado, qualquer concessão formal em nome de uma comunicação mais ampla torna o texto retrógrado e imbecil. o texto deve ser livre, e mais, deve por princípio instalar uma nova linguagem que se oponha frontalmente ao que é publicado fora da internet e aos meios de comunicação tradicional.

o jornalismo sempre foi praticado como uma atividade econômica justamente para não criar vínculos com qualquer tipo de poder instituído, porém acabou refém de sua própria independência, o mercado. com o surgimento da internet, a necessidade de capital para continuar com a atividade jornalística se extinguiu, de maneira que é possível praticar a função sem se dobrar àqueles que depositam o suborno no fim do mês.

morrer de fome sim, esse é o caminho."