quinta-feira, 18 de março de 2010

Pólo, política e um pessoal

Meus queridos, cá estamos nós amarelo-traficando novamente. As férias foram boas, mas a volta à capital, às tarefas e aos deveres novamente ressaltam o porquê do Amarelo existir. A merda não tira férias.
Pois bem nesse clima de volta à lavra é que me deparei com uma situação bem chateante. Estava eu no campus central da Universidade Federal e ia entrando no prédio da reitoria quando me foi perguntado o nome e o meu destino dentro do edifício. Cordialmente respondi mas fiquei surpreso com os questionamentos, completamente inusuais. Quando perguntei o que havia acontecido fiquei sabendo do enfrentamento da sexta feira, dia 5 de março acredito. O que me foi passado é que um pessoal descontente quis entrar no prédio a força e um outro pessoal pago pra ser descontente não deixou.
O pessoal descontente que queria entrar estava bravo por ter sido deixado de fora de uma discussão que implicaria alguma influência em suas vidas. O pessoal pago pra ser desconte havia sido pago por pessoas que participavam desta reunião (que acabou não acontecendo).
De um lado tem gente ferrenha querendo criar caso por pouca coisa. Do outro tem gente hipócrita fazendo besteira. Em pratos limpos - a manifestação da Assufrgs, com os estudantes (e que contava com mais um monte de gente nada-a-ver, tipo MST, Via Campesina e por aí vai) queria saber porque que a reunião que definiria o futuro da implementação do pólo tecnológico tinha sido feita nas férias, quando ninguém está por perto para poder discordar. O problema é que alguns exaltados exageraram e sujaram o nome do resto.
Acredito que um pólo tecnológico na UFRGS seria muito bom, e muitos estudantes se beneficiariam , isso é óbvio, mas se é algo para os estudantes porque manter por debaixo dos panos?
No final tudo vira politicagem. O pessoal da esquerda - dos manifestantes - quer ser radical para poder ganhar votos nas eleições que participarem. O pessoal da direita - do DCE - que deveria representar o corpo discente não está nem lá nem cá. O pessoal da administração está pouco se lixando para o porquê da manifestação e ninguém teve a brilhante idéia de SENTAR E FUCKING DISCUTIR QUE NEM GENTE! simples assim.
A política está tão enraizada nos movimentos estudantis que as pessoas nem se lembram mais que o partido ao qual a grande maioria pertence não é o PT, nem o PSTU, nem o PSOL, nem o PCO, nem o PP, nem o DEM. O partido ao qual todos os estudantes pertencem é o Partido dos Estudantes, que não defende nem a direita e nem a esquerda e sim seus membros, TODOS, sem exclusão.
Perdão pela extensão mas o assunto é longo mesmo. Obrigado aos que tiveram paciência.

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